O terrorismo cristão no mundo (Parte 1)
Especial para o Humanitas
Pedro Rodrigues Arcanjo- Olinda/PE
Semelhança com o atual fundamentalismo islâmico não
é mera coincidência
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O cristianismo é realmente
a única ideologia capaz de dividir com o fascismo e o nazismo o pódio dedicado
às ideologias mais mortíferas da humanidade. Infelizmente, até hoje continua
sendo a ideologia dominante em vários países ocidentais.
O cristianismo aboliu a liberdade de
religião existente no Império Romano e depois juntou milhares e milhares de
cadáveres mundo afora.
Os seguidores dessa ideologia
massacraram milhões de “infiéis,
hereges, feiticeiras e indígenas”, e depois resolveram se matar entre
eles próprios, levando a Europa às guerras mais ferozes que o Velho Continente
conheceu.
Tal ideologia proclama que só existe um
deus e que ele é único, onipotente e amoroso e todos os seus seguidores se
consideram melhores que o resto da humanidade, ou seja, melhores que aqueles
que não acreditam nesse deus.
Antes dessa ideologia, o Império Romano
garantia a liberdade de culto. O paganismo, o ateísmo e a razão dominavam.
Até que determinados setores criaram do
nada um sujeito, que, segundo a lenda, resolve fundar uma seita que proíbe o
culto de outros deuses, menos o dele. Nessa história, o tal sujeito termina
sendo morto numa cruz, mas a seita se expande com êxito.
Nem mesmo Stalin conseguiu superar o
culto feito à personalidade do Cristo fundador dessa seita. Esse
fundador é proclamado “verdadeiro homem e verdadeiro e único Deus”.
Todas as pessoas que duvidam desse fato mágico são
imediatamente chamadas de hereges, sendo perseguidas e mortas. A partir do
século IV da era comum, os cristãos começam a matar em massa os não-crentes.
A intolerância religiosa dos cristãos,
que visam, desde o início, impor um “único deus”, começa logo a atrair a
atenção da justiça romana, que defende a liberdade de culto, um dos pilares
dessa sociedade complexa e multicultural que é o Império Romano dos primeiros
séculos da nossa era.
A propaganda cristã inverte sutilmente o
fato. Os condenados pela justiça romana são declarados “mártires” e
começam a ser venerados, inventando-se a lenda de terem sido executados por se “negarem
a renegar a fé”.
Essa mentira deu certo. Mas, na verdade,
todos esses ditos mártires foram condenados por desordem e por tentarem impor a
intolerância religiosa na sociedade romana.
No ano 312 da nossa era comum os
cristãos conseguem finalmente tomar o poder, após uma cruenta guerra civil.
O imperador Constantino assume e “ordena”,
através do Édito de Milão, o culto do deus único cristão, dando início, assim,
à perseguição religiosa na Europa. Aos poucos, o culto dos outros deuses vai
sendo proibido.
Os santuários clássicos são destruídos
ou transformados em igrejas cristãs.
No fim do século IV, não haverá mais
nenhum templo pagão em toda a bacia do Mediterrâneo.
O imperador Teodósio no ano de 380 da
era comum proclama oficialmente o Cristianismo como única “Religião de
Estado”.
Porém, ainda serão necessários outros
doze anos para que todos os outros cultos sejam definitivamente proibidos.
Uma violenta campanha de destruição de
todos os templos e santuários não-cristãos é iniciada por Teófilo (que depois é
aclamado santo) no ano de 389 com o apoio do imperador Teodósio que o proclama
patriarca de Alexandria.
Ele destrói Alexandria bem como os
templos dedicados a Mitríades e Dionísio, o templo de Serapis e a famosa
biblioteca.
As pedras dos lugares destruídos serão
usadas para edificar igrejas para a nova religião única: a cristã.
Depois, demonstrando ser capaz de
perseguir também cristãos quando esses não são 100% ortodoxos, Teófilo e suas
tropas atacam e destroem os mosteiros que aderiram às ideias de Orígeno,
teólogo cristão que foi declarado herege porque afirmava que deus era puramente
imaterial.
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