REFUGIO POÉTICO
O Tempo
Valdeci
Ferraz – Recife/PE
Escorreu o tempo pelos nossos dedos
Deixando marcas e rugas indigestas
Destruindo as esperanças e os medos
E também as horas tristes e inquietas
Deixando marcas e rugas indigestas
Destruindo as esperanças e os medos
E também as horas tristes e inquietas
Desfez a música e a lira dos aedos
E erigiu no seio das bocas abertas
Uma estátua coberta com segredos
Cujos braços apontam ruas desertas
E erigiu no seio das bocas abertas
Uma estátua coberta com segredos
Cujos braços apontam ruas desertas
Mas deixou ladrilhos reluzentes
Os quais brilharão na eternidade
Como os faróis erguidos à beira-mar
Os quais brilharão na eternidade
Como os faróis erguidos à beira-mar
Onde os crentes e os descrentes
Que formam juntos a humanidade
Poderão com alegria sempre caminhar
Que formam juntos a humanidade
Poderão com alegria sempre caminhar
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Noite
Antonio Carlos Gomes – Guarujá/SP
Noite
Sempre nos cobre...
Sempre vai embora...
Manhã que chora
Lagrimas orvalhadas
De sonhos inacabados.
O dia?
É apenas a espera
De outra noite que se anuncia.
Ansiosos, taças levantadas
Confetes e serpentinas nas calçadas
Quem sabe um corso de alegrias?
Mas...
A noite sempre fria
Traz em si incrustada
Lembranças passadas
De carnavais inexistentes
Apavorando nossas mentes...
É a noite que sempre chega.
Sob as cobertas
Escondemos sentimentos.
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CARTAS DOS LEITORES
Um dos motivos que me faz admirar nossa
cultura ocidental é que o nosso ideal se encontra em permanente construção.
Permitir e incentivar que a critiquemos é o seu maior trunfo, tal como faz o Humanitas.
Ivani Medina – Rio de Janeiro
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O
Humanitas mostra que a tolerância é o esteio da
democracia. O fanatismo, independente de credo ou partidarismo é o
"cancro" que nos remete à barbárie. Kátia Rocha – Recife/PE
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Um jornal muito especial. Iara Galdino –
Fortaleza/CE
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