quinta-feira, 3 de março de 2016

HUMANITAS Nº 45 – MARÇO DE 2016 – PÁGINA 3

REFUGIO POÉTICO

O Tempo
 Valdeci Ferraz – Recife/PE

Escorreu o tempo pelos nossos dedos
Deixando marcas e rugas indigestas
Destruindo as esperanças e os medos
E também as horas tristes e inquietas

Desfez a música e a lira dos aedos
E erigiu no seio das bocas abertas
Uma estátua coberta com segredos
Cujos braços apontam ruas desertas

Mas deixou ladrilhos reluzentes
Os quais brilharão na eternidade
Como os faróis erguidos à beira-mar

Onde os crentes e os descrentes
Que formam juntos a humanidade
Poderão com alegria sempre caminhar
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Noite
Antonio Carlos Gomes – Guarujá/SP

Noite
Sempre nos cobre...
Sempre vai embora...
Manhã que chora
Lagrimas orvalhadas
De sonhos inacabados.
O dia?
É apenas a espera
De outra noite que se anuncia.
Ansiosos, taças levantadas
Confetes e serpentinas nas calçadas
Quem sabe um corso de alegrias?
Mas...
A noite sempre fria
Traz em si incrustada
Lembranças passadas
De carnavais inexistentes
Apavorando nossas mentes...
É a noite que sempre chega.
Sob as cobertas
Escondemos sentimentos.
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CARTAS DOS LEITORES

Um dos motivos que me faz admirar nossa cultura ocidental é que o nosso ideal se encontra em permanente construção. Permitir e incentivar que a critiquemos é o seu maior trunfo, tal como faz o Humanitas. Ivani Medina – Rio de Janeiro
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O Humanitas mostra que a tolerância é o esteio da democracia. O fanatismo, independente de credo ou partidarismo é o "cancro" que nos remete à barbárie. Kátia Rocha – Recife/PE
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Um jornal muito especial. Iara Galdino – Fortaleza/CE

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