EDITORIAL
Final de ano
Estamos chegando ao final de mais um ano e aqui renovamos nossas
esperanças de que o ano de 2019 seja melhor.
Neste final de
2018, graças aos nossos colaboradores e articulistas, todos nós do Humanitas
nos sentimos felizes por continuarmos trazendo para nossos leitores
conhecimentos culturais e humanos dos mais variados.
Sabemos como é
problemático manter este pequeno jornal em plena atividade o que não é uma
tarefa fácil pois depende de ajuda das pessoas, da confiança dos articulistas e
dos leitores como parceiros na vida.
Essa parceria é
uma tarefa fundamental para a construção do conhecimento cultural/científico.
Por isso
consideramos que neste ano que se encerra nossa luta foi gratificante graças
aos leitores, articulistas e colaboradores financeiros.
Todos estão
complementados em unidade, de forma voluntária, o que, diga-se de passagem, é
uma atitude louvável, e permanecem empenhados em fornecer dentro do tempo e das
possibilidades financeiras de cada um a ajuda inestimável para que o Humanitas
exista.
Nossos sinceros
votos de boas festas aos que fazem parte de nosso corpo editorial bem como aos
leitores.
Pulemos por sobre
as ondas do pessimismo e estruturemos nossas metas para 2019 e que possamos
nesse ano que começa renovar nossas esperanças e confiança em um mundo melhor.
Mesmo que não
façamos promessas vamos abraçar os amigos, curtir a vida e trabalhar sempre
pelo melhor para que o ano de 2019 seja um ano cheio de conquistas e
realizações.
E que todos
tenham uma boa leitura deste Humanitas.
...........................
Indignação
Antonio Carlos Gomes – Guarujá/SP
Hoje, cada moita de capim que se arranca para fazer uma
edificação me agride, cada animal que se abate ou se caça me indigna, cada
bomba que se arremessa me desestrutura.
Quem somos
nós para ultrapassar nossas necessidades? Qual programa televisivo teve o
descaramento de mostrar, justo a este ser destruidor, que ele era o centro do
universo, e que todo este espaço, dos quais nada entendemos e não conseguimos
nem tampouco imaginar, está ao nosso exclusivo dispor?
Lembrem:
Tudo começou numa junção de aminoácidos num ambiente sombrio. Um mundo em
ebulição, em formação, com seus vulcões com suas lavas e um novo oceano. Uma
vibração gigantesca e o inorgânico num acaso torna-se orgânico. É o que diz a
ciência.
No continuo
cientifico dessa formação, estes seres não celulares necessitavam de apenas
duas coisas, um local e sua alimentação (a ciência pode deduzir, mas não
esclarecer qual). Criaram um invólucro e necessitaram se agrupar para não mais
andar ao sabor do mar. Sua reprodução por brotamento ou mitose só aí passou a
sexuada.
Segundo a
evolução foi esse processo que tornou coberto de verde os mares e a terra. Só
depois de esverdear o planeta é que foi possível a vida aos seres móveis e à
continuidade evolutiva. Após bilhões de anos chegou ao homem.
Este
transformou os instintos em afetos. Negou veementemente que conservasse tantos
instintos, mesmo com a história da humanidade que nos é conhecida
desmentindo. Não houve um dia sem
guerra, nem um dia sequer que um homem não matasse outro homem; de preferência
separando a cabeça do corpo.
Dos
dois instintos iniciais, fixação e reprodução, a necessidade de manutenção da
espécie precisou de acasalamento e criamos o amor, que negamos como instinto,
mas o disputamos e, pior ainda, ocasionalmente matamos a fêmea, coisa que os
animais não são tão retardados a ponto de fazê-lo. Este instinto de vida, com
Eros se apoiando nele é o homem de hoje, que se comunica pela fala e se acha
dono de tudo.
Pergunto:
De quê o homem é dono? O mundo existiria sem o homem? A resposta é muito clara.
De nada somos donos e o planeta não depende de nós. Aliás, somos apenas um
micro piolho dando imperceptível irritação no couro cabeludo do planeta Somos
apenas intrusos e não o centro da criação.
Não
temos direito de destruição. Não temos direito de usar mais do que nos é
necessário. Não temos direito de soltar bombas e perfurar o solo para tirar
elementos que não são nossos. Somos apenas invasores atrevidos.
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