quinta-feira, 4 de julho de 2019

HUMANITAS Nº 85 - JULHO DE 2019 - PÁGINA 2

EDITORIAL
Fim do impresso

É com tristeza que comunicamos aos leitores que o Humanitas - em sua edição impressa - deixou de circular a partir do mês de junho.
Isso ocorreu devido à saída de muitos colaboradores que ajudavam financeiramente para que o jornal levasse seu grito e sua palavra humanista impressa em papel aos mais diversos leitores do Brasil e do mundo.
Das 15 (quinze) pessoas que ajudavam com a manutenção do jornal impresso, apenas seis permaneceram no front, até o último minuto, de armas em punho e na luta.
São elas: Francisco de Assis Coelho (Recife/PE), Antônio Carlos Gomes (Santos/SP), Sebastião Alves de Aquino (Recife/PE), Araken Vaz Galvão (Valença/BA), Maria Isabel Soares (Caruaru/PE), João Paudarco (Recife/PE). Esses colaboradores ficam a partir de hoje dispensados da colaboração financeira.
Com o aumento dos gastos com papel, tinta, impressão e correio se tornou inválido continuar com a publicação.
Aos colaboradores, nossos agradecimentos. Gostaríamos muito que o Humanitas impresso tivesse continuidade, mas já que se tornou impossível, ficaremos no blog pela internet: jornalhumanitas.blogspot.com.
Se existir possibilidade de retorno e mais ajuda financeira adequada para isso, voltaremos ao batente. No momento, porém, a realidade nua e crua é esta.
O jornal Humanitas impresso iria completar sete anos de existência no próximo mês de agosto de 2019.
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Uma carta fictícia e falsificada
Texto extraído da Internet

Públio Lentulus Cornélio é um personagem histórico fictício. 
A ele se atribui uma carta dirigida ao Senado e ao povo romano, que cita a existência de Jesus Cristo e que fornece pormenores  de seu aspecto físico e de suas qualidades morais, terminando com a afirmação de que esse personagem era ‘o mais formoso dos homens’.  
A origem de tal documento é desconhecida. O certo é que foi impresso pela primeira vez na Vita Christi de Ludolfo, o Cartuxo (Colônia, 1474), e, pela segunda vez, na introdução às obras de Santo Anselmo, em Nuremberg, 1491.
Naqueles tempos se falsificavam e inventavam histórias religiosas as mais diversas e quem fazia isso tinha o apoio dos reis da época. Tudo para dominar melhor a plebe.
A Enciclopédia Católica considera o relato uma ficção. Historiadores dizem que nunca existiu um regente de Jerusalém, nem nenhum procurador de nome Lentulus, na Judeia.
Ademais, um "regente" romano não se dirigiria ao Senado, mas ao Imperador, e nenhum escritor romano usaria as frases tipicamente hebraicas "profeta da verdade" e "filhos dos homens", ou o título "Jesus Cristo", típico dos evangelhos.
A transmissão do documento foi fragmentada e diversos autores lhes impuseram seus estilos, além da interpolação de diversos fragmentos com origens diferentes.
Tais descrições não foram feitas pelo fictício Públio Lentulus Cornélio, e sim anos depois da dita morte do Cristo, por Gamaliel: "O seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, [...] [muito parecido com sua mãe, que é de peregrina beleza, uma das belas mulheres da Palestina]."
E São João Damasceno: "Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade; e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas coisas que nela se acham ou, que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas deste Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos..."
Nenhum dos dois viram o rosto desse suposto filho de um deus.
E não custa lembrar aqui que o cristianismo foi responsável pela tentativa da destruição de todas as religiões do mundo, não admitindo dissidências. 
Criou basicamente uma cruel ditadura religiosa e se impôs pela violência, matando impiedosamente todos aqueles que se opunham a aceitá-lo. Foram mais de dois mil anos de crimes, terror e repressão. A aceitação do cristianismo ocorreu através do medo. Mergulhou toda a Europa em uma profunda recessão que durou mil anos, conhecida como Período das Trevas, e até hoje continua sendo intolerante e contra o desenvolvimento e o progresso da ciência.

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