EDITORIAL
Fim do impresso
É com
tristeza que comunicamos aos leitores que o Humanitas - em sua edição
impressa - deixou de circular a partir do mês de junho.
Isso ocorreu devido à saída de muitos
colaboradores que ajudavam financeiramente para que o jornal levasse seu grito
e sua palavra humanista impressa em papel aos mais diversos leitores do Brasil
e do mundo.
Das 15 (quinze) pessoas que ajudavam com a
manutenção do jornal impresso, apenas seis permaneceram no front, até o último
minuto, de armas em punho e na luta.
São elas: Francisco de Assis Coelho
(Recife/PE), Antônio Carlos Gomes (Santos/SP), Sebastião Alves de Aquino
(Recife/PE), Araken Vaz Galvão (Valença/BA), Maria Isabel Soares (Caruaru/PE),
João Paudarco (Recife/PE). Esses colaboradores ficam a partir de hoje
dispensados da colaboração financeira.
Com o aumento dos gastos com papel, tinta,
impressão e correio se tornou inválido continuar com a publicação.
Aos colaboradores, nossos agradecimentos.
Gostaríamos muito que o Humanitas impresso tivesse continuidade, mas já
que se tornou impossível, ficaremos no blog pela internet: jornalhumanitas.blogspot.com.
Se existir possibilidade de retorno e mais
ajuda financeira adequada para isso, voltaremos ao batente. No momento, porém,
a realidade nua e crua é esta.
O jornal Humanitas impresso iria
completar sete anos de existência no próximo mês de agosto de 2019.
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Uma carta fictícia e falsificada
Texto extraído da Internet
Públio Lentulus Cornélio
é um personagem histórico fictício.
A ele se atribui uma carta
dirigida ao Senado e ao povo romano, que cita a existência de Jesus Cristo e
que fornece pormenores de seu aspecto físico e de suas qualidades
morais, terminando com a afirmação de que esse personagem era ‘o mais formoso dos homens’.
A origem de tal documento é
desconhecida. O certo é que foi impresso pela primeira vez na Vita Christi de Ludolfo, o Cartuxo
(Colônia, 1474), e, pela segunda vez, na introdução às obras de Santo Anselmo,
em Nuremberg, 1491.
Naqueles tempos se
falsificavam e inventavam histórias religiosas as mais diversas e quem fazia
isso tinha o apoio dos reis da época. Tudo para dominar melhor a plebe.
A Enciclopédia
Católica considera o relato uma ficção. Historiadores dizem que nunca
existiu um regente de Jerusalém, nem nenhum procurador de nome Lentulus, na
Judeia.
Ademais, um "regente"
romano não se dirigiria ao Senado, mas ao Imperador, e nenhum escritor romano
usaria as frases tipicamente hebraicas "profeta
da verdade" e "filhos
dos homens", ou o título "Jesus
Cristo", típico dos evangelhos.
A transmissão do documento foi fragmentada
e diversos autores lhes impuseram seus estilos, além da interpolação de
diversos fragmentos com origens diferentes.
Tais descrições não foram feitas pelo
fictício Públio Lentulus Cornélio, e sim anos depois da dita morte do Cristo,
por Gamaliel: "O seu rosto é cheio, o aspecto é muito
sereno, [...] [muito parecido com sua mãe, que é de peregrina beleza, uma das
belas mulheres da Palestina]."
E São João Damasceno: "Jesus, que
pelo povo é inculcado o profeta da verdade; e os seus discípulos dizem que é filho
de Deus, criador do céu e da terra e de todas coisas que nela se acham ou, que
nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas
deste Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos..."
Nenhum dos dois viram o
rosto desse suposto filho de um deus.
E não custa lembrar aqui que
o cristianismo foi responsável pela tentativa da destruição de todas as
religiões do mundo, não admitindo dissidências.
Criou basicamente uma cruel ditadura religiosa e se
impôs pela violência, matando impiedosamente todos aqueles que se opunham a
aceitá-lo. Foram mais de dois mil anos de crimes, terror e repressão. A
aceitação do cristianismo ocorreu através do medo. Mergulhou toda a Europa em
uma profunda recessão que durou mil anos, conhecida como Período das Trevas, e
até hoje continua sendo intolerante e contra o desenvolvimento e o progresso da
ciência.
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