EDITORIAL
Centro de tudo
Ser humanista
é exaltar as potencialidades do homem e afirmar sua dignidade. É valorizar o
homem como um ser em busca de si. É ver o homem como um ser livre que faz suas
escolhas e define o seu sentido.
O Humanismo
considera o homem o centro de todas as coisas.
O homem
conta com ele mesmo e só pode confiar em seus critérios.
Não queremos
dizer que o homem deve tender ao individualismo, à violência ou ao
egoísmo.
Propomos que
ele se desfaça das ideias preconcebidas das superstições e conheça a verdade
das coisas para se autodeterminar.
Que seja um
ser digno, conhecendo seus direitos, respeitando e dignificando os direitos de
todos os demais seres humanos.
É esse
sentido e apenas essa filosofia que os colaboradores deste Humanitas seguem. Qualquer outro tipo de Humanismo
que não tenha o homem como centro de todas as coisas é charlatão.
Sete anos se
passaram e a nossa busca do conhecimento continua sendo nossa linha editorial
que muito nos agrada e nos faz felizes.
Esta edição de número 86 marca uma extensa gama de ações
proclamadas durante sete anos a favor da vida humana.
Batalhamos
contra a intolerância. Contra o preconceito. Contra o fascismo. E estamos
sempre na luta a favor da tolerância, do laicismo, da liberdade de opinião e da
democracia.
Do Recife para o Brasil e para o Mundo, o Humanitas
defende o ideal humanista que tem o homem como centro de todas as coisas e
acima de superstições.
Todos os colaboradores desta publicação são
responsáveis pela concretização de mais um ano de existência deste jornal.
A eles, os nossos parabéns. A eles, o pedido maior
para que continuem a postos sempre em defesa da humanidade.
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HUMANISMO UNIVERSALISTA É A NOSSA FILOSOFIA
Humanismo é a filosofia que coloca o ser humano na
qualidade de principal ator no mundo. Penetra nas mais diversas posturas
éticas, dando grande importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas,
particularmente à racionalidade.
Embora a palavra Humanismo possa ter
vários sentidos, o significado filosófico se destaca por se contrapor ao
divino, ao sobrenatural ou a uma autoridade superior.
Desde o Século XIX, o Humanismo tem
sido erroneamente associado ao anticlericalismo, quando na verdade se associa
ao antropocentrismo renascentista e ao laicismo dos filósofos iluministas.
O que é antropocentrismo? Essa filosofia
diz que o ser humano é o centro do cosmos e que deve ser o centro das ações, da
expressão cultural, histórica e filosófica. Tal pensamento se posiciona contra
o teocentrismo, onde Deus (no caso, o deus cristão) é a referência central na
vida do cidadão comum.
Este jornal segue a linha do Humanismo
Universalista, tendo como
valor maior a aspiração por uma nação humana universal, sem desejar um mundo
uniforme, mas múltiplo em etnias, línguas e costumes; nas crenças, no ateísmo e
na religiosidade.
Outro valor de suma importância pertencente
ao Humanismo Universalista é a não-violência ativa como meio de atuação
no mundo. O lema básico é: "Nada acima do ser humano e nenhum ser
humano abaixo de outro".
O Humanismo Universalista é uma
corrente de opinião que visa orientar e criar ações para desenvolver mudanças
positivas no indivíduo e na sociedade.
A filosofia humanista universalista se
inspira nos princípios de que o ser humano deve ser liberto perante o mundo
para que possa atuar sobre seu próprio destino.
Os princípios do Humanismo Universalista
constituem a base de sua estrutura social e o compromisso de ação no mundo.
Ei-los:
1-Colocar o ser humano como ator, valor e
preocupação central, de modo que nada possa subjugá-lo e que nenhum ser humano
seja superior ao outro.
2-Igualdade para todos. Lutar por direitos
iguais perante a lei, e avançar em direção a um mundo de oportunidades iguais
para todos.
3-Diversidade! Aceitar as características
de cada povo e condenar toda discriminação que se baseie nas diferenças
econômicas, raciais, sexuais, étnicas e culturais.
4-Dar suporte ao desenvolvimento do
conhecimento, sem limitações impostas ao pensamento por preconceitos aceitos
como verdades absolutas ou imutáveis.
5-Estado laico. Defesa da liberdade de
pensamento e de crenças.
O Humanismo Universalista repudia
não só as formas de violência física, mas todas as outras formas de violência
sejam econômicas, raciais, sexuais, religiosas, morais e psicológicas.
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