A MÁ-FÉ DE BRAÇOS DADOS COM AÇÕES
ANTIDEMOCRÁTICAS
Carlos Demócrito A. de Lima – Recife/PE
O termo “bolivarianismo” tornou-se moda no
meio público (população, políticos e mídia) que teima em não aceitar a
democracia no Brasil.
Quem utiliza esse chavão, na verdade, é totalmente
desinformado ou o utiliza de má-fé para influenciar pessoas menos esclarecidas
com ideias sem pé e sem cabeça.
Lamentável, principalmente quando um juiz do Supremo
Tribunal também invoca o termo contra o governo, atentando contra a nossa Constituição.
O ex-presidente venezuelano Hugo Chávez foi quem criou
o termo “bolivarianismo”, que
se origina do sobrenome de Simón Bolívar, libertador da América espanhola.
Os políticos de oposição no Brasil resolveram
apossar-se também desse termo para criticar o governo legitimamente eleito,
dizendo que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff estariam "transformando o Brasil em uma
Venezuela", espalhando que “bolivarianismo”
é sinônimo de comunismo. Muitos, no analfabetismo histórico e político, nem
sabem quem foi Simón Bolívar.
Se não fosse tanta ignorância ou uso de má-fé por
parte de pessoas formadoras de opinião ou de outras que estão no mais alto
cargo jurídico ou de outras que são representantes do povo no Congresso
nacional isso seria até uma piada.
Mas não o é pelo simples fato que visam acabar com a
engatinhante democracia brasileira e tornar o país ingovernável.
Seria bom que as pessoas que gostam de repetir esse
chavão (“bolivarianismo” pra
lá e pra cá) resolvessem buscar mais conhecimentos históricos.
A palavra “bolivarianismo”
provém do sobrenome do general venezuelano do século XIX, Simón Bolívar, que
liderou os movimentos de independência da Venezuela, da Colômbia, do Equador,
do Peru e da Bolívia contra o império espanhol.
“Bolivarianismo” está muito longe de ser uma ditadura comunista. A
Venezuela, Bolívia e Equador possuem estilos governamentais e sociedades
humanas muito diferentes das da União Soviética de Stalin e demais seguidores.
No regime stalinista não existia liberdade política ou pluralidade de partidos,
sendo crime de lesa-pátria um cidadão pensar ou agir diferente da ideologia
dominante. Aquele que fosse, falasse ou pensasse contra era enviado para o
gulag soviético, campo de trabalho forçado e símbolo da repressão ditatorial
stalinista.
Nos países latino-americanos nada disso ocorre. Neles
existe total liberdade de expressão, tanto no seio da mídia como no da oposição
partidária. E o Brasil também está inserido nesse meio democrático.
Sobre a ingênua (ou
de má-fé) divulgação de que no governo Lula e hoje no governo Dilma o
Brasil “virou uma Venezuela” isso é ainda mais engraçado, pois demonstra
falta total de estudos ou de conhecimentos históricos.
Nosso país continua com suas raízes culturais e
particulares. É parceiro econômico e estratégico da Venezuela, como também de
muitos outros países latino-americanos. Porém, as diretrizes do governo Dilma
Rousseff e do governo venezuelano e outros são bastante diferentes, tanto na
retórica quanto na prática.
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HISTÓRIA
Simón Bolívar nasceu na cidade de Caracas (Venezuela) em 24 de julho de 1783 e morreu na
cidade de Santa Marta (Colômbia) em 17 de dezembro de 1830.
Foi um político e militar venezuelano que atuou no processo de
independência da América espanhola.
Bolívar foi de grande importância para a independência da Colômbia, Panamá,
Perú, Equador, Bolívia e Venezuela. Ele é uma das figuras históricas mais importantes da
América Latina, sendo considerado um herói revolucionário.
Em função de sua atuação
militar e política na emancipação de vários países latino-americanos, ficou
conhecido como "O Libertador".
Atuou também como presidente de alguns países que ajudou a libertar do domínio
espanhol.
Simón Bolívar era de uma
família aristocrata venezuelana. Estudou na Europa, onde teve contato com os
ideais Iluministas. Retornou para
a Venezuela e entrou para as Juntas de Resistência. Em 1813, liderou o
movimento de independência da Venezuela.
Em 1819, participou da
fundação da Grande Colômbia (composta por Bolívia, Equador, Venezuela e Panamá)
sendo escolhido governador. Foi presidente da Venezuela em 1819. Em 1824,
junto com o futuro coronel Antonio José de Sucre, derrotou o exército espanhol, libertando o Peru.
Governou esse país entre 1824 e 1827. Foi também presidente da Bolívia. Faleceu
aos 47 anos de idade.
Entre suas frases preferidas podemos assinalar: "O sistema de governo mais perfeito é aquele que produz a maior
quantidade de felicidade possível, maior quantidade de segurança social e maior
quantidade de estabilidade política".
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