Carnaval
2015:
Outra grande
festa
para a
história de Olinda
e do Recife
Olinda sempre surpreende quem vem brincar
o Carnaval pelas suas ruas estreitas, subindo e descendo as ladeiras no ritmo
quente do Frevo. Ainda que o Carnaval se repita todo ano, a festa em Olinda
possui uma vibração tal que parece ser sempre a primeira vez.
“Pitombeiras
dos Quatro Cantos”, “Elefante”, “Vassourinhas”, “Maracatu Leão de Ouro” “Flor da Lira”, desfilam e levam ao delírio milhares de
foliões tanto de Pernambuco como de outros estados. Isso sem contar as centenas
de blocos que foram e são criados espontaneamente pelos foliões como “Homem da Meia Noite”, “A Mulher do dia”, “A Porta”, “Trinca de Ás”, “Hoje a Mangueira
Entra”, “Eu Acho é Pouco”, “Ceroula”, “Patusco”, “Enquanto Isso, na Sala da Justiça”.
Fôlego é necessário (e muito) para quem pretende visitar a Cidade
Patrimônio da Humanidade no Carnaval. Imprescindível é ver os famosos bonecos
gigantes de mais de dois metros, cujo colorido chama a atenção de todos. Eles
saem às ruas e desfilam junto com os foliões no Centro Histórico de Olinda, na
Cidade Alta. O Carnaval de Olinda é agitação pura.
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O “Caboclo de
Lança” é personagem do Maracatu Rural ou de Baque Solto – também conhecido
como Maracatu de Orquestra. A origem desse maracatu ainda não está totalmente
desvendada. Até a década de 1920, os caboclos de lança, eram trabalhadores das
lavouras de cana de açúcar e não despertavam tanto interesse como hoje em
Pernambuco. O ritual que antecede a apresentação do caboclo de lança envolve
cerimônias em terreiros, como a bênção das lanças e da flor que carrega na
boca, a consagração da Calunga (boneca representando a divindade, levada pela
baiana), e a abstinência sexual dos homens, que começa alguns dias antes do
Carnaval.
Os “Papangus” do carnaval de Bezerros, cidade do
agreste de Pernambuco (107 Kms do Recife) é uma tradição nascida de uma
brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saíam mascarados e mal
vestidos para visitar amigos nas festas de entrudo – antigo Carnaval do século
dezenove –, e comer angu, comida típica do agreste pernambucano. Por isso, as
crianças passaram a chamar os mascarados de papa-angu.
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