Combater os
pastores e libertar as ovelhas
Lilian Sokorowa
– Londrina/PR - Especial para o Humanitas
Parece que um erro grosseiro de logística
tem sido cometido por ateus e irreligiosos em geral: combater os pastores e não
libertar as ovelhas, ensinando-as a não precisar de pastoreio.
Pelo bem da verdade, ovelhas não precisam
de pastores, a não ser que queiram ser dominadas. Senão vejamos:
Quem surgiu primeiro: o pastor ou as
ovelhas? Esta é aquela famosa
pergunta que dá para se comparar com outra: "Quem surgiu primeiro: o ovo
ou a galinha?" (odeio esta pergunta ridícula).
É óbvio que aqui a resposta não deixa
dúvidas: foram as ovelhas!
Ovelhas andavam soltas e livres pela
natureza, pastando e indo para onde mais lhe aprouvesse, seguindo seus instintos
naturais.
Quando surgiu a figura do pastor, foi para
grupá-las e dominá-las. Com o pastor, as ovelhas perderam a sua liberdade de ir
e vir e decidir por si mesmas e passaram a seguir apenas o comando do seu
líder.
Pastores nada têm de bonzinhos. Cuidam das
ovelhas, mas como quem cuida do seu patrimônio e não por instinto de proteção a
elas.
Ovelhas são dóceis e facilmente aceitam
comandos, sem se rebelar. Acho que não é por outra razão que os crentes são
chamados de "ovelhinhas do Senhor" ou "ovelhas do seu
pastor". E eles parecem orgulhar-se disso porque não se ofendem de serem
tratados como ovelhas.
Não só não se ofendem como admitem serem
mesmo como ovelhas e até, orgulhosamente, se filiam a "clubes de
ovelhas" e "sites de compras coletivas para ovelhas".
Não vou citar nomes, mas esses clubes e
sites existem e possuem milhares de ovelhas filiadas, da mesma forma como
existem os cartões de crédito crentes, das assembleias de Deus e das
neopentecostais, com milhares de adesões.
Pastor pensa (pouco, maldosamente, mas
pensa). Ovelhas não pensam. Na comparação, seria o caso de se dizer que o
perigoso é o pastor, por ser ele quem comanda as ovelhas.
Mas e se não houvesse ovelhas para
comandar, haveria pastores? Este é o ponto. Enquanto existirem ovelhas dóceis
dispostas a aceitar comandos, haverá sempre um ou mais pastores querendo
liderá-las.
Os pastores adoram-nas porque ovelhas dão
lucro.
Como não se pode acabar com as ovelhas,
devemos ensiná-las a voltar ao seu "status quo ante", isto
é, livres na natureza, para agirem por conta própria, sem precisar de pastor.
Mantendo as ovelhas inacessíveis aos
pastores, talvez assim, sem freguesia, essa classe oportunista desapareça da
nossa sociedade.
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Texto original publicado na rede www.irreligiosos.ning.com
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COMENTÁRIOS
Alfredo Bernachi disse: Religião
é apenas a fachada de um objetivo maior: enriquecer à custa de seus seguidores.
Exatamente como a caridade que eles propalam. Apenas propaganda.
Arrecadam um milhão e dão 20 mil em caridade. Chamam a televisão e os crédulos
para testemunharem. O resto eles embolsam.
Assim, fica a questão: Qual é o objetivo da religião? O que está sendo
exposto ou o que está sendo oculto?
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Ivo S. G. Reis disse: A TV é uma forte aliada das religiões. As pessoas sofrem lavagens
cerebrais nos templos e em suas casas, diante da telinha. E o povo
(infelizmente) tende a acreditar no que vê na TV.
Não é por outra razão que até a Rede Globo,
de orientação católica e contra os evangélicos, entrou nesse mercado.
Antes de tudo, é uma empresa e, como tal,
não dispensa o lucro. Por isso, tem agora o seu selo musical, investindo em
músicas gospel e de louvor, que não faz distinção.
A mídia passou a apoiar fortemente a
doutrinação religiosa e na luta contra ela o buraco é mais embaixo. Quem
sustenta tudo isso? As ovelhas! Qual o caminho?
Libertar as ovelhas, usando, para isso, a contrainformação
e a contrapropaganda, porque estamos numa guerra de informação.
Assim,
acho que todos os ateus devem ajudar. O problema é que os inimigos também estão
na internet e têm grana e nós não, além de sermos dispersos.
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