EDITORIAL
É Carnaval! Tempo de festa! Recife e Olinda estão em ebulição!
Pernambuco está em festa! O
Recife e Olinda estão em ebulição! Chegou fevereiro! Chegou o Carnaval. O “Galo
da Madrugada” vai às ruas. O “Frevo” põe a população em clima
quente. O “Maracatu” abre alas ao Rei Momo. Os “Caboclinhos”
dançam com todo o colorido do folclore!
O Carnaval diz presente na alma do recifense e do olindense como se
as vidas de todos dependessem dessa louca algazarra que começa oficialmente no
sábado, 14 de fevereiro, com o desfile do maior bloco carnavalesco do mundo, o “Galo
da Madrugada”, e acaba (ah, quando acaba!..) na Quarta-feira de Cinzas,
quando os mais diversos blocos denominados “Bacalhau na Vara” ainda
levam milhares de foliões às ruas para um último adeus à dionisíaca festa, ao
frevo, aos amores fugazes e aos sonhos passageiros nascidos em três dias.
Para quem não sabe o Carnaval de Pernambuco, particularmente o do
Recife e o de Olinda é uma festa genuinamente popular, ainda que seus
governantes queiram transformar o tradicional evento em algo diferenciado,
negligenciando o povo e valorizando o carnaval fechado dentro de espaços apenas
abertos para as ditas elites.
A burguesia sempre tentou (e
tenta) fazer com que o Carnaval do Recife e o de Olinda fiquem restritos a
essas elites. O passar do tempo fez a cultura carnavalesca pernambucana ganhar
novos rumos, inserindo nesses rumos a alma e a essência do povo.
Em um crescendo, o Carnaval de Pernambuco alcançou os dias atuais
sempre alucinante e com suas raízes presas à alma da população. Sua majestade,
o “Frevo”, continua a reinar, consagrado como símbolo da identidade
cultural pernambucana e Patrimônio Imaterial da Humanidade desde 5 de dezembro
de 2012.
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CARTAS DOS LEITORES
Muito
bom o artigo sobre eutanásia publicado no Humanitas de dezembro.
Parabéns ao autor e a todos que fazem este jornal. Carlos Lemos -
Salvador/BA
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Amei o conto sobre a boneca da Zizi
publicado pelo poeta Valdeci Ferraz no jornal de dezembro. Muita sensibilidade.
Valeu. Maria Clara de Araujo – Olinda/PE
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A festa mais antiga do mundo
Anne Christine Mendes – Recife/PE
O Carnaval é uma festa popular que surgiu na Antiguidade
como forma de celebração da natureza e dos deuses.
Após séculos foi aceito pela Igreja Católica e incluído no calendário
cristão e ainda hoje acontece no mundo com características diferenciadas para
cada país.
No Brasil o carnaval sofreu influência de uma festa de
rua, de origem portuguesa, chamada de “entrudo”, que consistia em jogar farinha, ovos
podres e tinta nas pessoas.
Cada parte do Brasil possui um carnaval com características culturais
diferenciadas.
O Rio de Janeiro é famoso pelos desfiles das escolas de samba. Na Bahia
os trios elétricos atraem milhões de foliões.
Mas Pernambuco é o estado do Brasil onde o carnaval de rua é o mais espontâneo
e popular.
No século XIII, os nobres franceses começaram a promover festas onde
era obrigatório o uso de máscaras e roupas luxuosas – os bailes. Foi
provavelmente desses bailes que surgiram as primeiras festas à fantasia que
logo ganharam popularidade entre as altas classes europeias, espalhando-se pelo
mundo.
A
origem do Carnaval é incerta, mas acredita-se que tenha surgido na Grécia por
volta do ano 520 antes da Era Comum. Era uma festa onde o vinho era fundamental
e as pessoas se reuniam em nome do deus “Dionísio” com a única intenção de se divertir, celebrar a
chegada da primavera e a fertilidade.
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