Avaliação de desempenho – um programa sem
medos
Ana Maria Leandro – Belo Horizonte (MG)
“Avaliação não é julgamento... É momento
de se ver e compreender as necessidades do sistema que o cerca”
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Empresários às vezes reclamam que seus processos de “Avaliações de
Desempenho” operacionais e mesmo de liderança, não os levaram a resultados
aproveitáveis.
Posso afirmar que tal pode acontecer, porque de uma maneira geral os
programas se apresentam como “julgamentos”, mais reguladores de cortes de
pessoal e não de tomada de medidas de ajustes necessários. É natural, portanto,
que via de regra resultem em rejeição ou mesmo boicote dos colaboradores.
Para se corrigir este caminho é preciso realizar uma preparação prévia
dos colaboradores colocando-os como construtores do processo tanto de auto
avaliação, quanto de avaliação cruzada (vertical e horizontal).
Através de dinâmicas interativas elimina-se inicialmente o natural medo
humano da avaliação e procura-se estimular a percepção, de que a mesma é um
processo de ajuda principalmente ao autoconhecimento e do todo.
E pode-se ir mais longe, estabelecendo inclusive a possibilidade de
haver remanejamentos de tarefas ou funções, com a finalidade de atender melhor
aos perfis individuais.
Nesta vertente, os colaboradores longe de se sentirem acuados,
colaboraram ativamente com o programa e apresentam grande elevação na
produtividade e na qualidade de seus serviços, conforme gráficos que devem
inclusive ser expostos em quadros de Gestão à Vista.
A própria filosofia do trabalho em RH precisa ser despida de atitudes
de arrogância e instinto de coerção. Não é este o caminho de se conseguir
resultados com seres humanos.
Por outro lado coordenadores do processo aplicativo da avaliação não
podem se comportar com excesso de exibicionismo e superioridade.
Por questões culturais, a avaliação já possui a imagem de que ela parte
de quem sabe mais para quem sabe menos, situação estabelecida pelo próprio sistema
Ensino X Aprendizagem.
Ocorre que até mesmo nos sistemas escolares, já se sabe que esta é uma
versão superada e que o aprendiz precisa ser construtor e não mero receptor da
aprendizagem.
Quando se sente excluído do próprio processo de evolução, como se
somente forças externas pudessem decidir sobre o que é melhor para ele mesmo,
corre-se o risco de que tome uma dessas direções: ou se acomoda, como um ser
incapaz; ou aparentemente aceita-a, mas talvez até sem ter consciência disto,
conduz ao fracasso o processo.
Lembrando-se que não existe organização sem pessoas, melhor que estas
partes se ajustem e busquem em estreita cooperação o sucesso de ambas.
Assim nos sistemas empresariais, a Avaliação de Desempenho tem de ser
construída junto com o colaborador, a fim de que ele se identifique não como
avaliado, mas como pessoa em busca de sua melhor atuação profissional e do
crescimento organizacional.
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"A leitura de todos os
bons livros é como uma
conversa com todos
os homens de melhor qualidade dos
séculos passados."
DESCARTES
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