segunda-feira, 2 de março de 2015

HUMANITAS Nº 33 – MARÇO DE 2015 – PÁGINA 2

EDITORIAL
A mulher e sua contínua luta por mudanças

As últimas da estatística oficial sobre a mulher brasileira mostram que, hoje, no ambiente de trabalho, as representantes do sexo feminino cresceram acima de 70% desde o fim da última década, principalmente em setores monopolizados pelo sexo masculino. 
Motivo de comemoração para este 8 de março de 2015.
Mas existe uma falha. Os dados também mostram que a cada meia hora (ou menos) a violência contra a mulher brasileira na faixa entre 20 e 50 anos de idade leva um grande número delas a procurar os hospitais. 
Entre o céu e o inferno? Deve ser essa a comparação sobre como anda a situação do sexo feminino hoje?
Requintes de crueldade marcam a vida social de muitas mulheres. A violência contra elas no Brasil está longe de acabar. De Norte a Sul, de Leste a Oeste a violência continua viva.
A mulher brasileira, igual às crianças agredidas dentro dos seus lares ou aos idosos abandonados à própria sorte, também traz no próprio corpo as marcas da desestruturação familiar, da baixa escolaridade, do alcoolismo, do avanço das drogas, do subemprego e de um sistema de saúde focado na cura e não na prevenção.
Não podemos ignorar também o machismo e o sentimento de propriedade sociologicamente enraizado.
O que fazer? Levar a educação além da escolaridade. Investir na rede de proteção social dos mais carentes. Gerar emprego e atingir melhor qualidade de vida para que se possa lutar contra os preconceitos.
E também que a mulher ajude a transformar esse cenário, seja como dona de casa, diretora de uma microempresa, seja na condição de presidente da República. 
E que eduque seus filhos dentro do que se pode chamar igualdade social.
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CARTAS DOS LEITORES
Parabéns pelo ótimo trabalho. O jornal Humanitas é muito bom. Valdísia Mello – Recife/PE
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Um excelente e instrutivo jornal. Vale a pena lê-lo. Antônia de Sá Cavalcanti – Fortaleza/CE
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Todos os dias são dias das mulheres
Serena Roberta Souza Borges – Recife/PE

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, decidiu-se marcar o dia 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Estabelecer uma data específica para as mulheres não é lá grande coisa. A mulher não precisa de um dia específico. Todos os dias são dias das mulheres, pois elas estão vivas e atuantes! Em muitos lugares do mundo, sabemos que as mulheres continuam sendo discriminadas, ficando em segundo lugar na escala de valores devido ao regime patriarcal e machista. Mas elas estão cada vez mais conquistando espaço e lugar na sociedade.
Já foi comprovado estatisticamente, que a mulher sofre discriminação, principalmente na parte profissional. Ainda sendo competente, quando ocupa o mesmo cargo de um homem, seu salário é menor. No entanto, a culpa disso não é somente dos homens. Essa discriminação existe também por parte das próprias mulheres. Uma mulher, quase sempre não confia em outra para exercer um cargo importante e de confiança.
Ser "feminista" não foi e nunca será a solução.
A mulher não precisa se masculinizar para ser respeitada, achando que somente dessa forma ela poderá ser reconhecida e valorizada. Sendo feminina, principalmente sendo feminina, ela pode mostrar o seu valor e a sua capacidade.
Toda mulher deve saber transformar a rotina do seu dia-a-dia numa sucessão de novidades e descobertas, nunca desistindo dos seus sonhos.
Com delicadeza, ela consegue galgar e conquistar degraus na escada da vida profissional, familiar e pessoal. Nunca deve tentar se impor pela força, querendo mostrar "igualdade" com os homens, pelo contrário, deve fazer questão de ser sempre o "sexo frágil" e ter consciência, que "fragilidade", não significa fraqueza. Significa "sensibilidade".

Por isso tudo, parabéns à mulher, não somente no dia 8 de março, não apenas no segundo domingo do mês de maio (dia das mães). Vamos parabenizar a mulher todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos, porque ela é sempre mulher o tempo todo.

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