sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

HUMANITAS Nº 55 – JANEIRO/2017 – PÁGINA 3

REFÚGIO POÉTICO
POETA DO MÊS

ARTUR AZEVEDO - Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo, jornalista e teatrólogo, nasceu em São Luís/MA, em 7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro/RJ, em 22 de outubro de 1908. Figurou, ao lado do irmão Aluísio Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira nº 29, que tem como patrono Martins Pena. Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, em seus artigos de jornal, em cenas de revistas dramáticas e em peças.  Entre suas obras tem destaqueA Capital Federal”,  “A Moça mais Bonita do Rio de Janeiro” e outras.
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Lágrimas
Francisca Clotilde – Fortaleza/CE

Chora a noite sentida a lágrima tremente
Do orvalho que aviventa a flor abandonada.
Da estrela cai na terra a luz meiga e dourada,
O pranto do infinito em gota aurifulgente.

E o velho mar que anseia, o velho mar fremente
Com zelo vai guardar na concha nacarada
As bagas que arrancou-lhe a dor amargurada,
Irisando-as da luz na pérola nitente!

Tudo adoece enfim!... Tudo chora e se queixa,
Da brisa o ciciar tem, às vezes, da endeixa
A mágoa dolorida e o tristonho dulçor.

O regato suspira... Há soluços nas águas,
A palmeira estremece e um concerto de mágoas
A saudade mistura aos idílios do amor!
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Canção do exílio
Mário da Silva Brito – São Paulo/SP

Com a palavra construo um reino
e nele impero sem lei.
Neste mundo, que com o mundo
confina, sou senhor e servo.

No meu reino de luz e sombra
a palavra, vinda do caos,
fulge em brilho solitário
– solitário sol sem solo.

Busco a palavra, não o senso
(certo perdeste o senso!):
sarcófago pode ser amor
e amor quer significar morte.

Rodeado de palavras estou
– falsas palavras do mundo.
Entre o dicionário e o verbo
escolho uma gleba secreta.

Envolto de lustral amplidão,
cercado de nuvens e flores,
sou exilado e sou imperador,
sou Deus esculpindo o barro.
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CARTAS DOS LEITORES

A divulgação da verdade está nas mãos dos livres pensadores. Lamento que este pequeno jornal, grande no conteúdo, ainda não seja acatado no país como divulgador da verdade. A verdade deve ser conhecida e repassada, inclusive as mentiras religiosas e políticas. Falo por mim e pelos meus amigos que leem o HUMANITAS. Ainda que o formato seja pequeno este jornal tem a capacidade de ser grande e trazer belos artigos de pensadores humanistas. Parabéns a todos que fazem o HUMANITAS. Que esta publicação ultrapasse o tempo de sua história e continue a incutir na cabeça de seus leitores a verdade, nada mais que a verdade. Silvio Carlos de Oliveira – Fortaleza/CE
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Espetacular o HUMANITAS! – Pedro Rodrigues Arcanjo – Olinda/PE

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