REFÚGIO POÉTICO
POETA DO MÊS
ARTUR AZEVEDO - Artur Nabantino
Gonçalves de Azevedo, jornalista e teatrólogo, nasceu em São Luís/MA, em
7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro/RJ, em 22 de outubro de 1908. Figurou, ao lado do irmão Aluísio Azevedo, no grupo
fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira nº 29, que tem
como patrono Martins Pena. Foi um dos grandes defensores da abolição da
escravatura, em seus artigos de jornal, em cenas de revistas dramáticas e em
peças. Entre suas obras tem destaque “A
Capital Federal”, “A Moça mais Bonita do Rio de Janeiro”
e outras.
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Lágrimas
Francisca Clotilde – Fortaleza/CE
Chora
a noite sentida a lágrima tremente
Do
orvalho que aviventa a flor abandonada.
Da
estrela cai na terra a luz meiga e dourada,
O
pranto do infinito em gota aurifulgente.
E
o velho mar que anseia, o velho mar fremente
Com
zelo vai guardar na concha nacarada
As
bagas que arrancou-lhe a dor amargurada,
Irisando-as
da luz na pérola nitente!
Tudo adoece enfim!... Tudo chora e se queixa,
Da
brisa o ciciar tem, às vezes, da endeixa
A
mágoa dolorida e o tristonho dulçor.
O regato suspira... Há soluços nas águas,
A
palmeira estremece e um concerto de mágoas
A
saudade mistura aos idílios do amor!
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Canção do exílio
Mário da
Silva Brito – São Paulo/SP
Com
a palavra construo um reino
e
nele impero sem lei.
Neste
mundo, que com o mundo
confina,
sou senhor e servo.
No
meu reino de luz e sombra
a
palavra, vinda do caos,
fulge
em brilho solitário
–
solitário sol sem solo.
Busco
a palavra, não o senso
(certo
perdeste o senso!):
sarcófago
pode ser amor
e
amor quer significar morte.
Rodeado
de palavras estou
–
falsas palavras do mundo.
Entre
o dicionário e o verbo
escolho
uma gleba secreta.
Envolto
de lustral amplidão,
cercado
de nuvens e flores,
sou
exilado e sou imperador,
sou
Deus esculpindo o barro.
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CARTAS
DOS LEITORES
A divulgação da verdade está nas mãos dos livres pensadores. Lamento
que este pequeno jornal, grande no conteúdo, ainda não seja acatado no país
como divulgador da verdade. A verdade deve ser conhecida e repassada, inclusive
as mentiras religiosas e políticas. Falo por mim e pelos meus amigos que leem o
HUMANITAS. Ainda que o formato seja pequeno este jornal tem a capacidade
de ser grande e trazer belos artigos de pensadores humanistas. Parabéns a todos
que fazem o HUMANITAS. Que esta publicação ultrapasse o tempo de sua
história e continue a incutir na cabeça de seus leitores a verdade, nada mais
que a verdade. Silvio Carlos de Oliveira – Fortaleza/CE
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Espetacular o HUMANITAS! – Pedro Rodrigues Arcanjo – Olinda/PE
Espetacular o HUMANITAS! – Pedro Rodrigues Arcanjo – Olinda/PE
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