Texto publicado no
HUMANITAS nº 7 - Fevereiro/2013
O Carnaval de Pernambuco ainda
é considerado um dos melhores do mundo
pelos turistas estrangeiros
pelos turistas estrangeiros
Tocam os primeiros acordes dos
clarins, a percussão, os tambores. Já estamos no ritmo da maior festa popular
do mundo – o Carnaval. Em Pernambuco, o frevo, o maracatu e o samba levam
pobres e ricos, brancos e negros, homens e mulheres às ruas numa festa de
pluralidade, de cores, de movimento e criatividade humana. Chegou o tempo de se
mascarar e se multifacetar. Tempo de se entregar à milenar festa chamada
Carnaval.
O termo Carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias quando, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
A própria origem do Carnaval é obscura. Talvez suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza. Há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco.
Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio - o deus Baco, patrono do vinho. Isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.
No Brasil, a folia originou-se do entrudo, festa pagã europeia que chegou ao país com os colonizadores portugueses. O entrudo era realizado entre famílias amigas ou pessoas conhecidas, ganhando mais tarde as ruas, envolvendo desconhecidos, atingidos por baldes de água, farinha, cinzas, lama. Casas ficavam inundadas, passantes nas ruas encharcados e todos, senhores e escravos, senhorinhas e mucamas, se divertiam.
Foi proibido oficialmente e aos poucos incorporou elementos como o confete, a serpentina e limõezinhos de cera, cheios de água perfumada. O primeiro e oficial Carnaval brasileiro surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides, no Rio de Janeiro, em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal.
O Carnaval do Brasil é considerado um dos melhores do mundo pelos turistas estrangeiros e por boa parte de brasileiros, principalmente o público jovem. Luís da Câmara Cascudo, folclorista, declarou, um dia, que "o carnaval de hoje é de desfile, carnaval assistido, paga-se para ver. O carnaval, digamos, de 1922 era compartilhado, dançado, pulado, gritado, cutucado. Agora não é mais assim, é para ser visto". Mas contrariando essa tese, o Carnaval de Pernambuco a cada ano conquista mais foliões do mundo inteiro, interessados em participar de um evento grandioso, colorido e animado.
No Carnaval do Recife e de Olinda, não existem desfiles de escolas de samba, como no Rio de Janeiro. As escolas são substituídas por troças, grupos formados por amigos e familiares, que saem pelas ruas dos bairros em que vivem. Não existem trios elétricos e circuitos, como em Salvador. Os ritmos são tocados pelos próprios foliões, e os trajetos definidos na hora. No carnaval do Recife e de Olinda, ninguém paga nada. Não há ingressos, não há abadás. Todos participam. É só trazer a animação. Os ritmos contagiantes e as fantasias criativas brilham nas cidades cheias de gente, luzes e sons. É um Carnaval alto astral!
No Recife tem frevo, maracatu, caboclinho, ciranda, coco-de-roda, samba, afoxé, rock, reggae, mangue beat. Todos os anos, o autêntico Carnaval de rua recifense arrebata milhões de foliões, turistas do Brasil e do exterior.
O Carnaval pernambucano, especialmente em Olinda e no Recife, é um dos mais animados do país, e essa característica cresceu paralelamente à extinção do carnaval de rua na maior parte das cidades brasileiras.
As principais atrações do Carnaval pernambucano - cujos bailes também são os mais animados - são, na rua, o frevo, o maracatu, as agremiações de caboclinhos, a imensa participação popular nos blocos e nos clubes de frevo.
Os foliões cantam e dançam, mesmo sem uniformes ou fantasias, ao som das orquestras e bandas que fazem a festa. Os maracatus estão ligados às tradições afro-brasileiras e os caboclinhos constituem outro tipo de agremiação folclórica.
A outra cidade do Nordeste em que a participação popular é grande, e onde todos cantam, dançam e brincam é Salvador. Como no Recife e em Olinda, muitos populares improvisam fantasias simples, mas também adotam a postura galhofeira e vestem os disfarces de cinquenta ou cem anos atrás.
O termo Carnaval é de origem incerta, embora seja encontrado já no latim medieval, como carnem levare ou carnelevarium, palavra dos séculos XI e XII, que significava a véspera da quarta-feira de cinzas, isto é, a hora em que começava a abstinência da carne durante os quarenta dias quando, no passado, os católicos eram proibidos pela igreja de comer carne.
A própria origem do Carnaval é obscura. Talvez suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza. Há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco.
Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio - o deus Baco, patrono do vinho. Isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.
No Brasil, a folia originou-se do entrudo, festa pagã europeia que chegou ao país com os colonizadores portugueses. O entrudo era realizado entre famílias amigas ou pessoas conhecidas, ganhando mais tarde as ruas, envolvendo desconhecidos, atingidos por baldes de água, farinha, cinzas, lama. Casas ficavam inundadas, passantes nas ruas encharcados e todos, senhores e escravos, senhorinhas e mucamas, se divertiam.
Foi proibido oficialmente e aos poucos incorporou elementos como o confete, a serpentina e limõezinhos de cera, cheios de água perfumada. O primeiro e oficial Carnaval brasileiro surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides, no Rio de Janeiro, em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal.
O Carnaval do Brasil é considerado um dos melhores do mundo pelos turistas estrangeiros e por boa parte de brasileiros, principalmente o público jovem. Luís da Câmara Cascudo, folclorista, declarou, um dia, que "o carnaval de hoje é de desfile, carnaval assistido, paga-se para ver. O carnaval, digamos, de 1922 era compartilhado, dançado, pulado, gritado, cutucado. Agora não é mais assim, é para ser visto". Mas contrariando essa tese, o Carnaval de Pernambuco a cada ano conquista mais foliões do mundo inteiro, interessados em participar de um evento grandioso, colorido e animado.
No Carnaval do Recife e de Olinda, não existem desfiles de escolas de samba, como no Rio de Janeiro. As escolas são substituídas por troças, grupos formados por amigos e familiares, que saem pelas ruas dos bairros em que vivem. Não existem trios elétricos e circuitos, como em Salvador. Os ritmos são tocados pelos próprios foliões, e os trajetos definidos na hora. No carnaval do Recife e de Olinda, ninguém paga nada. Não há ingressos, não há abadás. Todos participam. É só trazer a animação. Os ritmos contagiantes e as fantasias criativas brilham nas cidades cheias de gente, luzes e sons. É um Carnaval alto astral!
No Recife tem frevo, maracatu, caboclinho, ciranda, coco-de-roda, samba, afoxé, rock, reggae, mangue beat. Todos os anos, o autêntico Carnaval de rua recifense arrebata milhões de foliões, turistas do Brasil e do exterior.
O Carnaval pernambucano, especialmente em Olinda e no Recife, é um dos mais animados do país, e essa característica cresceu paralelamente à extinção do carnaval de rua na maior parte das cidades brasileiras.
As principais atrações do Carnaval pernambucano - cujos bailes também são os mais animados - são, na rua, o frevo, o maracatu, as agremiações de caboclinhos, a imensa participação popular nos blocos e nos clubes de frevo.
Os foliões cantam e dançam, mesmo sem uniformes ou fantasias, ao som das orquestras e bandas que fazem a festa. Os maracatus estão ligados às tradições afro-brasileiras e os caboclinhos constituem outro tipo de agremiação folclórica.
A outra cidade do Nordeste em que a participação popular é grande, e onde todos cantam, dançam e brincam é Salvador. Como no Recife e em Olinda, muitos populares improvisam fantasias simples, mas também adotam a postura galhofeira e vestem os disfarces de cinquenta ou cem anos atrás.
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