Poemas e frases publicadas na
coluna REFÚGIO POÉTICO
do HUMANITAS nº 8 – Março/2013
Tempo
Rafael Rocha –
jornalista – Recife
Neste invisível tempo eu estou mais
Caminhando e deglutindo o passado
E nos estímulos dos músculos neurais
Levo meu verso a curtir o novo fado
Nascido do pensar. Nunca separado
Do íntimo maior dos sonhos abissais
Andando certo e às vezes todo errado
Gerando estranhas vozes terminais.
Tempo tanto e tão pouco eu vivi
E ainda quero mais sentir-me ativo
Mesmo sabendo como a sorte é vária
Sei o quanto relembro o que senti
Entre amigos e amigas estou vivo
Na redoma de uma ilha solitária.
..................................
Recife imortal
Genésio Linhares – Professor MS - Recife
Recife dos arrecifes do litoral
Serpentes de rios te cortam e te embelezam
Tuas pontes e ruas criam uma aura maioral
Tuas noites de lua aquarelas que se prezam.
Nos períodos do frenesi do carnaval
Nosso povo dança com a sua liberdade,
Inspirados por Baco, o deus desse astral,
Bebe a vida transpirando sensualidade.
Recife exala lendas, lutas e Histórias,
Cosmopolita por sua própria natureza
Berço de titãs da poesia com muitas glórias.
Rica em cultura e folclore cheia de magia
Cidade original repleta de beleza,
Inesquecível imortal luz que a alumia.
.............................
Requinte
Silvia Mota – poeta – Cabo Frio/RJ
Enrola teu pensamento
nos cabelos soltos
dos meus versos
e faça deles a crina
da tua montaria.
Chicoteia cada rima
escondida no silêncio
do meu canto
e rasga a blusa sensual
da minha poética.
Beija as verdades ocultas
nos buracos guturais
do meu corpo
e morda cada palavra
das minhas mentiras.
Encosta teus apelos
na parede nua e crua
da minha inspiração
e arromba as dobras nocivas
dos meus segredos.
Uiva teus uivos todos
na animália exangue
do meu estro solto
e afoga os lumes incendidos
das minhas crepitações.
Afina a ponta do lápis
nas alamedas trôpegas
do meu sentir e, se errei,
reescreva meu poema livre
na cadência das estrelas.
........................
Por degraus de arenitos e de coral, do Recife se desce para o fundo do mar, para a noite do mar. Joaquim Cardozo
........................
Em Olinda encontra-se a matriz cultural e urbanística de todas as cidades brasileiras. Roberto Magalhães
Neste invisível tempo eu estou mais
Caminhando e deglutindo o passado
E nos estímulos dos músculos neurais
Levo meu verso a curtir o novo fado
Nascido do pensar. Nunca separado
Do íntimo maior dos sonhos abissais
Andando certo e às vezes todo errado
Gerando estranhas vozes terminais.
Tempo tanto e tão pouco eu vivi
E ainda quero mais sentir-me ativo
Mesmo sabendo como a sorte é vária
Sei o quanto relembro o que senti
Entre amigos e amigas estou vivo
Na redoma de uma ilha solitária.
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Recife imortal
Genésio Linhares – Professor MS - Recife
Recife dos arrecifes do litoral
Serpentes de rios te cortam e te embelezam
Tuas pontes e ruas criam uma aura maioral
Tuas noites de lua aquarelas que se prezam.
Nos períodos do frenesi do carnaval
Nosso povo dança com a sua liberdade,
Inspirados por Baco, o deus desse astral,
Bebe a vida transpirando sensualidade.
Recife exala lendas, lutas e Histórias,
Cosmopolita por sua própria natureza
Berço de titãs da poesia com muitas glórias.
Rica em cultura e folclore cheia de magia
Cidade original repleta de beleza,
Inesquecível imortal luz que a alumia.
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Requinte
Silvia Mota – poeta – Cabo Frio/RJ
Enrola teu pensamento
nos cabelos soltos
dos meus versos
e faça deles a crina
da tua montaria.
Chicoteia cada rima
escondida no silêncio
do meu canto
e rasga a blusa sensual
da minha poética.
Beija as verdades ocultas
nos buracos guturais
do meu corpo
e morda cada palavra
das minhas mentiras.
Encosta teus apelos
na parede nua e crua
da minha inspiração
e arromba as dobras nocivas
dos meus segredos.
Uiva teus uivos todos
na animália exangue
do meu estro solto
e afoga os lumes incendidos
das minhas crepitações.
Afina a ponta do lápis
nas alamedas trôpegas
do meu sentir e, se errei,
reescreva meu poema livre
na cadência das estrelas.
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Por degraus de arenitos e de coral, do Recife se desce para o fundo do mar, para a noite do mar. Joaquim Cardozo
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Em Olinda encontra-se a matriz cultural e urbanística de todas as cidades brasileiras. Roberto Magalhães
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