Texto de Rafael Rocha – Jornalista – Recife/PE
publicado no HUMANITAS nº 04 – Novembro/2012
Os humanistas reais nunca irão fundamentar suas visões e ações no mundo
explorando o homem em benefício próprio
Os humanistas reais nunca irão fundamentar suas visões e ações no mundo
explorando o homem em benefício próprio
Humanismo na esfera religiosa e política?
Isso é alguma piada? A ação dos humanistas reais ou livres pensadores não se
inspira em teorias fantasiosas sobre um deus, sua natureza, sobre a sociedade
religiosa ou a história dessa sociedade.
Os humanistas reais - como o nome indica - são empiristas. Não são espirituais. São geralmente associados a cientistas e acadêmicos, embora a filosofia não se limite a esses grupos. Eles se preocupam com a ética e afirmam a dignidade do ser humano, recusando explicações transcendentais e preferindo o racionalismo.
O humanismo se solidifica quando engloba as necessidades da vida humana, na defesa dos direitos humanos, no afastamento da dor e no aproximar o prazer.
Mas a vida humana também se agrega às necessidades de sua previsão do futuro, baseando-se na experiência passada e na intenção de melhorar a situação atual.
Muitos espaços da internet, revistas e jornais falam das ligações de igrejas, governos, partidos políticos, seitas e religiões variadas com o chamado “humanismo cristão”.
Conversa pra boi dormir! Isso não tem nada a ver com a questão do humanismo real, pois a intenção das igrejas, dos partidos políticos e das seitas e seus assemelhados no mundo inteiro é simplesmente a de angariar adeptos e mais adeptos para explorar suas consciências e manter seu poder de coerção e mando sobre o homem, com o apoio do poder estatal.
A experiência do humanismo não é simples produto de seleções ou acumulações naturais e fisiológicas, como acontece em todas as espécies, mas experiência social e pessoal lançadas para superar a dor atual e para evitá-la no futuro.
O trabalho e a luta dos humanistas reais são acumulados em produções sociais, passam e se transformam de geração em geração, em contínua luta para melhorar as condições naturais, mesmo as do próprio corpo.
Por isso, devemos definir o ser humano como histórico e com um modo de ação social capaz de transformar o mundo e sua própria natureza.
Cada vez que um indivíduo ou um grupo humano se impõe violentamente a outros, consegue deter o caminho histórico, convertendo suas vítimas em objetos naturais. Então, ao negar a liberdade e as intenções aos outros, converte esses outros em objetos de uso.
É isso que toda religião faz! É isso que as seitas evangélicas fazem! É isso que a igreja dos católicos também faz! É isso que os governos fazem! É isso que muitas agremiações políticas fazem! Querem tornar o homem objeto para usufruto próprio.
O progresso da humanidade, ainda que em lenta ascensão, necessita transformar a natureza e a sociedade, eliminando a violenta apropriação animal de alguns seres humanos por outros. Quando isso acontecer, passaremos da pré-história para uma plena história humana. Entretanto, não se pode partir de outro valor central que o do ser humano pleno em suas realizações e em sua liberdade. Por tal motivo, os humanistas reais proclamam a máxima do humanismo universalista através de seu fundador, o português Mário Rodrigues Luís Cobos: "Nada acima do ser humano e nenhum ser humano abaixo de outro".
Se for colocado como valor central um deus, um Estado, o dinheiro ou qualquer outra entidade, o ser humano torna-se subordinado, criando condições para seu controle ou sacrifício. Os humanistas reais e universalistas têm claro este ponto. Eles nunca irão fundamentar suas visões do mundo e ações no mundo explorando o homem em benefício próprio. Para eles, o ser humano e suas necessidades imediatas são o objetivo.
O humanismo real tem como um dos principais valores o de ser internacionalista. Sua aspiração maior é a de uma nação humana universal, habitando um mundo múltiplo em etnias, línguas, costumes culturais; diversificado em todos seus espaços de humanidade. Livre de grilhões!
O humanismo universal não aceita dirigentes nem chefes e muito menos deseja sentir-se representante de algo divino, inclusive seguir as regras dos ditos representantes do “divino”. Um dos seus principais valores é a filosofia da não-violência ativa como forma de atuar no mundo.
Na luta por um mundo melhor os humanistas verdadeiros - e não os “humanistas chapados pela droga das crenças, pelos governos e pelos políticos” - acreditam numa intenção que move a História em direção progressiva. Apenas isso. E esse acreditar faz com que eles fiquem a serviço do ser humano, enfatizando o problema básico: saber como se quer viver e decidir em quais condições viver.
Portanto, todas as formas de violência governamental, física, política, econômica, racial, religiosa, sexual e ideológica, que desconsideram o progresso humano, e as travas conhecidas como religiões organizadas, partidos políticos e seitas que pululam como macacos-pregos pelo mundo, buscando explorar o homem, causam repugnância aos livres pensadores e verdadeiros humanistas.
Os humanistas reais - como o nome indica - são empiristas. Não são espirituais. São geralmente associados a cientistas e acadêmicos, embora a filosofia não se limite a esses grupos. Eles se preocupam com a ética e afirmam a dignidade do ser humano, recusando explicações transcendentais e preferindo o racionalismo.
O humanismo se solidifica quando engloba as necessidades da vida humana, na defesa dos direitos humanos, no afastamento da dor e no aproximar o prazer.
Mas a vida humana também se agrega às necessidades de sua previsão do futuro, baseando-se na experiência passada e na intenção de melhorar a situação atual.
Muitos espaços da internet, revistas e jornais falam das ligações de igrejas, governos, partidos políticos, seitas e religiões variadas com o chamado “humanismo cristão”.
Conversa pra boi dormir! Isso não tem nada a ver com a questão do humanismo real, pois a intenção das igrejas, dos partidos políticos e das seitas e seus assemelhados no mundo inteiro é simplesmente a de angariar adeptos e mais adeptos para explorar suas consciências e manter seu poder de coerção e mando sobre o homem, com o apoio do poder estatal.
A experiência do humanismo não é simples produto de seleções ou acumulações naturais e fisiológicas, como acontece em todas as espécies, mas experiência social e pessoal lançadas para superar a dor atual e para evitá-la no futuro.
O trabalho e a luta dos humanistas reais são acumulados em produções sociais, passam e se transformam de geração em geração, em contínua luta para melhorar as condições naturais, mesmo as do próprio corpo.
Por isso, devemos definir o ser humano como histórico e com um modo de ação social capaz de transformar o mundo e sua própria natureza.
Cada vez que um indivíduo ou um grupo humano se impõe violentamente a outros, consegue deter o caminho histórico, convertendo suas vítimas em objetos naturais. Então, ao negar a liberdade e as intenções aos outros, converte esses outros em objetos de uso.
É isso que toda religião faz! É isso que as seitas evangélicas fazem! É isso que a igreja dos católicos também faz! É isso que os governos fazem! É isso que muitas agremiações políticas fazem! Querem tornar o homem objeto para usufruto próprio.
O progresso da humanidade, ainda que em lenta ascensão, necessita transformar a natureza e a sociedade, eliminando a violenta apropriação animal de alguns seres humanos por outros. Quando isso acontecer, passaremos da pré-história para uma plena história humana. Entretanto, não se pode partir de outro valor central que o do ser humano pleno em suas realizações e em sua liberdade. Por tal motivo, os humanistas reais proclamam a máxima do humanismo universalista através de seu fundador, o português Mário Rodrigues Luís Cobos: "Nada acima do ser humano e nenhum ser humano abaixo de outro".
Se for colocado como valor central um deus, um Estado, o dinheiro ou qualquer outra entidade, o ser humano torna-se subordinado, criando condições para seu controle ou sacrifício. Os humanistas reais e universalistas têm claro este ponto. Eles nunca irão fundamentar suas visões do mundo e ações no mundo explorando o homem em benefício próprio. Para eles, o ser humano e suas necessidades imediatas são o objetivo.
O humanismo real tem como um dos principais valores o de ser internacionalista. Sua aspiração maior é a de uma nação humana universal, habitando um mundo múltiplo em etnias, línguas, costumes culturais; diversificado em todos seus espaços de humanidade. Livre de grilhões!
O humanismo universal não aceita dirigentes nem chefes e muito menos deseja sentir-se representante de algo divino, inclusive seguir as regras dos ditos representantes do “divino”. Um dos seus principais valores é a filosofia da não-violência ativa como forma de atuar no mundo.
Na luta por um mundo melhor os humanistas verdadeiros - e não os “humanistas chapados pela droga das crenças, pelos governos e pelos políticos” - acreditam numa intenção que move a História em direção progressiva. Apenas isso. E esse acreditar faz com que eles fiquem a serviço do ser humano, enfatizando o problema básico: saber como se quer viver e decidir em quais condições viver.
Portanto, todas as formas de violência governamental, física, política, econômica, racial, religiosa, sexual e ideológica, que desconsideram o progresso humano, e as travas conhecidas como religiões organizadas, partidos políticos e seitas que pululam como macacos-pregos pelo mundo, buscando explorar o homem, causam repugnância aos livres pensadores e verdadeiros humanistas.
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