Texto
de Rafael Rocha – Jornalista – Recife/PE
Publicado no HUMANITAS nº 03 – Outubro/2012
Publicado no HUMANITAS nº 03 – Outubro/2012
Cientistas acreditam que a civilização poderia não existir se o homem
não tivesse inventado o pão e a cerveja
Há cerca de
10 mil anos, o homem descobriu, por acaso, o processo de fermentação, no que
surgiram, em pequena escala, as primeiras bebidas alcoólicas. A mais antiga
delas, a cerveja, era produzida inicialmente pelos padeiros, devido à natureza
dos ingredientes que utilizavam: leveduras e grãos de cereais. A cevada era
deixada de molho até germinar e, então, moída grosseiramente, moldada em bolos
aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e
desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados a fermentar.
Há evidências de que a prática da cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente seis mil anos e remetem aos sumérios, povo mesopotâmico. A primeira cerveja produzida foi, provavelmente, um acidente. Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais.
Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas "casas de cerveja", mantida por mulheres. Os sumérios viveram de 5000 a.C. a 2000 a.C onde hoje é o Iraque, e na história humana são considerados um dos povos mais antigos do mundo. Eles inventaram a roda, a escrita cuneiforme, a astronomia heliocêntrica. Domesticaram animais e deixaram para a humanidade a melhor de suas criações: a Cerveja!!!
Há evidências de que a prática da cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente seis mil anos e remetem aos sumérios, povo mesopotâmico. A primeira cerveja produzida foi, provavelmente, um acidente. Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais.
Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas "casas de cerveja", mantida por mulheres. Os sumérios viveram de 5000 a.C. a 2000 a.C onde hoje é o Iraque, e na história humana são considerados um dos povos mais antigos do mundo. Eles inventaram a roda, a escrita cuneiforme, a astronomia heliocêntrica. Domesticaram animais e deixaram para a humanidade a melhor de suas criações: a Cerveja!!!
Na
mitologia dos sumérios, Enki era o deus das águas. Para eles, a água tinha um
significado ligado com a sabedoria e por isso Enki também era chamado de Deus
do Conhecimento. Sua mulher era a sua irmã Ninti ou Ninhursag, a Deusa-Mãe. Já Ninkasi,
a deusa da cerveja, foi uma das oito crianças criadas para curar uma das oito
feridas que Enki recebeu. Ela nasceu da “água fresca cintilante” e
foi feita para “saciar o desejo” e
“satisfazer o coração”.
Um
poema sumério de 3.900 anos homenageia a deusa Ninkasi e contém a mais antiga
receita conhecida de cerveja (Sikaru, em sumério). Em 1989, a Cervejaria Anchor
produziu uma edição limitada da Cerveja Ninkasi, feita de acordo com essa
receita a partir do bappir (termo sumério para descrever um pão feito com
cevada maltada e farinha de cevada), água, malte, mel e tâmaras. A receita não
contém lúpulo ou outro ingrediente amargo, o que dá um sabor mais doce do que o
das cervejas modernas.
Os
egípcios logo aprenderam a arte de fabricar cerveja e carregaram a tradição no
milênio seguinte, agregando o líquido à sua dieta diária. A cerveja produzida
naquela época era bem diferente da de hoje em dia. Escura, forte, e várias
vezes substituía a água, pois esta estava sujeita a todos os tipos de
contaminação, causando doenças à população. Mas a base do produto, a cevada
fermentada, era a mesma.
A expansão da cerveja se deu com o Império Romano, que a levou para todos os cantos onde ainda não era conhecida. Júlio César era um grande fã da cerveja e, em 49 a.C., depois de cruzar o Rubicão, ele deu uma grande festa a seus comandantes, onde a principal bebida era a cerveja. Também se atribui a Júlio César a introdução da cerveja entre os britânicos. Quando ele chegou à Britânia, esse povo apenas bebia licor de mel. Através dos romanos a cerveja também chegou à Gália, hoje França.
E foi aí que a bebida ganhou seu nome latino. Os gauleses chamavam a cevada fermentada de "cerevisia" ou "cervisia" em homenagem a Ceres, deusa da agricultura. Após a Idade Média, à medida que cresciam os aglomerados populacionais e que se libertavam os servos, entre os séculos VII e IX, começaram a surgir artesãos cervejeiros, trabalhando para grandes senhores e para os mosteiros.
O monopólio da fabricação da cerveja até por volta do século XI continuou com os conventos, que desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos. Todo monastério dispunha de um albergue e de uma cervejaria. Os monges, por reproduzirem os manuscritos da época, puderam conservar e aperfeiçoar a técnica de fabricação da cerveja.
A expansão da cerveja se deu com o Império Romano, que a levou para todos os cantos onde ainda não era conhecida. Júlio César era um grande fã da cerveja e, em 49 a.C., depois de cruzar o Rubicão, ele deu uma grande festa a seus comandantes, onde a principal bebida era a cerveja. Também se atribui a Júlio César a introdução da cerveja entre os britânicos. Quando ele chegou à Britânia, esse povo apenas bebia licor de mel. Através dos romanos a cerveja também chegou à Gália, hoje França.
E foi aí que a bebida ganhou seu nome latino. Os gauleses chamavam a cevada fermentada de "cerevisia" ou "cervisia" em homenagem a Ceres, deusa da agricultura. Após a Idade Média, à medida que cresciam os aglomerados populacionais e que se libertavam os servos, entre os séculos VII e IX, começaram a surgir artesãos cervejeiros, trabalhando para grandes senhores e para os mosteiros.
O monopólio da fabricação da cerveja até por volta do século XI continuou com os conventos, que desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos. Todo monastério dispunha de um albergue e de uma cervejaria. Os monges, por reproduzirem os manuscritos da época, puderam conservar e aperfeiçoar a técnica de fabricação da cerveja.
Com o aumento do consumo da bebida, os artesãos das
cidades começaram também a produzir cerveja. A partir do século XII pequenas
fábricas surgiram nas cidades europeias com uma técnica mais aperfeiçoada: os
cervejeiros já sabiam que a água tinha um papel determinante na qualidade da
cerveja. Assim a escolha da localização da fábrica era feita em função da
proximidade de boas fontes de água. Com a posterior invenção de instrumentos
científicos (termômetros e outros), e aperfeiçoamento de novas técnicas de
produção, o que bebemos hoje agrega todas as descobertas que possibilitaram o
aprimoramento deste delicioso líquido.
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