Texto de Silvia
Mota – Escritora – Rio de Janeiro (RJ)
Publicado no HUMANITAS edição nº 00 - Agosto 2012
Publicado no HUMANITAS edição nº 00 - Agosto 2012
Primeiramente, deve-se explicar o sentido
do termo “mundano”. Todas as situações do mundo material e
socialmente considerado, que instiguem as convenções e futilidades, são
mundanas. Neste refrão, as pessoas que se consagram aos prazeres imediatos, que
ignoram os valores éticos e morais, para entregarem-se à ostentação frívola e
passageira dos bens materiais, são consideradas mundanas. Deve-se, portanto,
passar ao largo das pessoas que cultivam o Mal e a Maledicência e fugir dos
pensamentos mundanos? De que forma é isto possível?
Hodiernamente desconhece-se o Outro. Quiçá, desconhece-se a si, quando em jogo os próprios interesses. O ser humano trafega por diversos mundos. Desenha o luar como se fosse um monstruoso dragão a colocar sanha pelas ventas, ou colore a perdição como se fosse divinal pureza. Tudo, pela incapacidade corrente de enxergar a própria sobrancelha - tão próxima dos seus olhos - sem o uso de um espelho. Tudo, pela inépcia de manter o equilíbrio dos estados mentais inerentes à própria vida: Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranquilidade, Alegria, Erudição, Absorção, Boddhisatva e estado de Iluminação (há milênios reconhecido como o estado de Buda).
Impossível (re)conhecer o Outro em toda a sua extensão. Impossível, talvez, saber de si, quando em jogo interesses próprios. E, se impossível(?) conhecer de si, como penetrar no mundo que significa o Outro na sua individualidade? - Não existe meio termo ao desbravá-lo - Significará descobertas, que propiciarão conhecer-lhe o lado Solidário, Amoroso e Saudável, ou significará perigo. Sim, perigo - não porque necessariamente contamine, mas porque afeito à destruição de tudo o que se constrói em nome do Amor e da Paz. Para sobreviver à derradeira opção é preciso conter a força interior de mil gigantes mitológicos, além de cultivar a verdade como ideal máximo e o justo nas ações diárias. Assim sendo, quando o espírito é inapto a esbanjar forças e determinação – é melhor que não se aventure por mundos desconhecidos, antes de fortalecer seus mundos interiores. Por nada saber, cabe ao ser humano a busca do mínimo conhecimento a respeito das coisas e pessoas que o cercam. Neste contexto, as aparências nada valem e muito menos valem os discursos falaciosos, por si sem fundamento. Os prazeres, ao serem colocados ao alcance do coração, não devem ignorar a razão, por mínima que seja a parcela requisitada.
Por diversas vezes adentra-se mundos estranhos. Por diversas vezes sofre-se em razão desta audácia. Por diversas vezes o sorriso brota seguro, fruto da coragem desafiadora. Mas, o que não se pode ignorar é que alegres ou tristes, será erro crasso subestimar o Outro, antes de conhecer as verdadeiras verdades que se escondem através de palavras provocadas pela maldade humana intencional ou exaradas ao alvedrio sugerido por problemas circunstanciais. Fugir do Mal não é garantia do Bem. É melhor fortalecer o Bem que existe em si, para que vença o Mal do Outro – ou no mínimo mantenha-o em equilíbrio. Impossível sair ileso de um Mundo. Marcas positivas ou negativas se farão, porque alegrias e tristezas são fatos da vida. E, se resplandecerá a alegria a ser repetida no futuro, que as tristezas não se perpetuem. Antes, postem-se à evolução de cada um.
As situações mundanas não devem ser temidas, pois impossível desvencilhar-se delas no mundo atual. Afortunados de boa sorte são aqueles que através de discernimento próprio conseguem sobreviver a tais iniquidades, sem vivenciá-las. Derrotados, os que sucumbem aos obstáculos. Por outro lado, alguns seres humanos lambuzam-se do Mal, para depois desafiá-lo e vencê-lo. Vitoriosos também serão, conquanto exibam com mais intensidade os sinais do sofrimento que poderia ser evitado. Estes seres necessitam sacrificar-se ao Mal para evidenciar o Bem. Donde se conclui que desejos mundanos são também iluminação. A cada qual o seu destino. A cada qual o desejo de vencer ou não as vicissitudes impostas pelo seu destino.
Hodiernamente desconhece-se o Outro. Quiçá, desconhece-se a si, quando em jogo os próprios interesses. O ser humano trafega por diversos mundos. Desenha o luar como se fosse um monstruoso dragão a colocar sanha pelas ventas, ou colore a perdição como se fosse divinal pureza. Tudo, pela incapacidade corrente de enxergar a própria sobrancelha - tão próxima dos seus olhos - sem o uso de um espelho. Tudo, pela inépcia de manter o equilíbrio dos estados mentais inerentes à própria vida: Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranquilidade, Alegria, Erudição, Absorção, Boddhisatva e estado de Iluminação (há milênios reconhecido como o estado de Buda).
Impossível (re)conhecer o Outro em toda a sua extensão. Impossível, talvez, saber de si, quando em jogo interesses próprios. E, se impossível(?) conhecer de si, como penetrar no mundo que significa o Outro na sua individualidade? - Não existe meio termo ao desbravá-lo - Significará descobertas, que propiciarão conhecer-lhe o lado Solidário, Amoroso e Saudável, ou significará perigo. Sim, perigo - não porque necessariamente contamine, mas porque afeito à destruição de tudo o que se constrói em nome do Amor e da Paz. Para sobreviver à derradeira opção é preciso conter a força interior de mil gigantes mitológicos, além de cultivar a verdade como ideal máximo e o justo nas ações diárias. Assim sendo, quando o espírito é inapto a esbanjar forças e determinação – é melhor que não se aventure por mundos desconhecidos, antes de fortalecer seus mundos interiores. Por nada saber, cabe ao ser humano a busca do mínimo conhecimento a respeito das coisas e pessoas que o cercam. Neste contexto, as aparências nada valem e muito menos valem os discursos falaciosos, por si sem fundamento. Os prazeres, ao serem colocados ao alcance do coração, não devem ignorar a razão, por mínima que seja a parcela requisitada.
Por diversas vezes adentra-se mundos estranhos. Por diversas vezes sofre-se em razão desta audácia. Por diversas vezes o sorriso brota seguro, fruto da coragem desafiadora. Mas, o que não se pode ignorar é que alegres ou tristes, será erro crasso subestimar o Outro, antes de conhecer as verdadeiras verdades que se escondem através de palavras provocadas pela maldade humana intencional ou exaradas ao alvedrio sugerido por problemas circunstanciais. Fugir do Mal não é garantia do Bem. É melhor fortalecer o Bem que existe em si, para que vença o Mal do Outro – ou no mínimo mantenha-o em equilíbrio. Impossível sair ileso de um Mundo. Marcas positivas ou negativas se farão, porque alegrias e tristezas são fatos da vida. E, se resplandecerá a alegria a ser repetida no futuro, que as tristezas não se perpetuem. Antes, postem-se à evolução de cada um.
As situações mundanas não devem ser temidas, pois impossível desvencilhar-se delas no mundo atual. Afortunados de boa sorte são aqueles que através de discernimento próprio conseguem sobreviver a tais iniquidades, sem vivenciá-las. Derrotados, os que sucumbem aos obstáculos. Por outro lado, alguns seres humanos lambuzam-se do Mal, para depois desafiá-lo e vencê-lo. Vitoriosos também serão, conquanto exibam com mais intensidade os sinais do sofrimento que poderia ser evitado. Estes seres necessitam sacrificar-se ao Mal para evidenciar o Bem. Donde se conclui que desejos mundanos são também iluminação. A cada qual o seu destino. A cada qual o desejo de vencer ou não as vicissitudes impostas pelo seu destino.
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