Texto de Rafael Rocha – Jornalista – Recife (PE)
Publicado no HUMANITAS edição nº 00 – Agosto de 2012
Publicado no HUMANITAS edição nº 00 – Agosto de 2012
A esperteza dos opressores da humanidade é ampla. Eles utilizam todos
os meios para manter o homem preso numa escravidão mental. Essa escravidão é
pior do que a escravidão física pelo motivo de ser abstrata. A escravidão
física é explícita. Na escravidão mental, o opressor se disfarça com falatórios
de ideais, amor, fé, liberdade, e ele mesmo (o opressor) se faz mentor
espiritual, intelectual e governamental.
Quem oprime nossa liberdade vive perto de nós, criando a cada dia que
passa novos métodos para nos manter mentalmente escravizados. Nossos opressores
agem na sombra e se utilizam de chavões como liberdade, amor, igualdade,
fraternidade e caridade para insuflar os ingênuos contra aqueles que pensam. Se
esses ingênuos do mundo raciocinassem melhor veriam que o termo caridade é uma
forma de mascarar uma falsa liberdade. Exatamente porque em um mundo onde todos
são iguais não precisaria existir a caridade. A caridade só é necessária em um
mundo desigual.
Nossos opressores fazem com que os homens do mundo acreditem que são
livres. Esses defensores da escravidão mental usam o orgulho e a vaidade a
favor deles. Estão infiltrados nas escolas, nas universidades, nos
legislativos, no judiciário, nas instituições de todos os governos. Eles
escravizam o homem através da cultura do medo, da divisão e da crença.
O escravo mental jamais vai descobrir sua escravidão. Pode ler que não
entenderá. Pode ouvir que não escutará. Jamais irá descobrir que a religião é
um crime, pois aprisiona a mente humana. Jamais vai ser realista e gritar aos
quatro ventos que a TV é o chicote do opressor moderno. Já observaram que todo
opressor que se preza luta por concessões de canais de televisão? Os opressores
odeiam os rebeldes, os questionadores e os pensadores. Privatizaram o planeta e
vendem os espaços do planeta a quem pagar mais. Inventaram o dinheiro.
Inventaram os juros para terem mais escravos mentais.
A intenção é destruir todo e qualquer espaço onde existam livres
pensadores. E estão atuando com força total contra aqueles que lutam e
denunciam a servidão moderna. Sabemos que o planeta Terra foi ofertado de graça
pela natureza aos homens. Sabemos que a Terra fornece alimento de graça, mas os
escravos mentais estão pagando por tudo que a Terra lhes oferece. E o mais
grave de tudo é que aquele que cobra pelo que a Terra oferta não é o criador
nem o dono da Terra.
É preciso que as pessoas defensoras do livre raciocínio se ajuntem no
pensamento de que os opressores não suportam o grito de libertação, e assim vão
usar todas as estratégias de domínio para continuar a sugar as ideias que
buscam a defesa do homem, da cultura humana e do planeta Terra.
Uma das formas utilizadas por eles (e bastante antiga por sinal) é de
jogar os homens uns contra os outros, acionando mentiras as mais diversas de
tal modo que a destruição seja plena e que eles (os opressores) possam aparecer
como os salvadores da pátria, posando de bons samaritanos, defendendo a ideia
de um governo justo, de leis igualitárias e de um deus bondoso e onisciente.
Temos de ficar de olhos bem abertos! Continuamos a viver num mundo
selvagem, cuja vida é selvagem e dominada pelo capitalismo selvagem. Mas isso
acontece porque a grande maioria dos homens se deixou dominar e aceitou a
selvageria como animais que precisam consumir, consumir e consumir. Devemos
defender nosso direito de dizer não à selvageria, ao capitalismo, à religião e
aos nossos opressores. Devemos defender a liberdade total do homem!
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