Texto
de Ricardo Tiné – Pesquisador – Guairá/TO
publicado no HUMANITAS nº 5 – Dezembro/2012
A empresa denominada “Brasil S.A” vem naufragando ao longo da sua travessia no oceano
publicado no HUMANITAS nº 5 – Dezembro/2012
A empresa denominada “Brasil S.A” vem naufragando ao longo da sua travessia no oceano
da corrupção
e da incompetência
Há muitos anos nasceu da força de um povo
uma empresa com grande potencial para se tornar uma das maiores e mais modernas
do mundo. Tem-se comprovado a existência da Brasil S/A há mais de três mil
anos, portanto, com bases fortes e concretadas pelo próprio tempo de exercício.
Ela viveu por séculos na informalidade, mas comercializava com empresas de outros continentes da terra. Era administrada pelos seus legítimos donos e tinha no capital humano, cerca de 10 milhões de sócios proprietários organizados sob um estatuto consuetudinário, ou seja, sob o mando de leis edificadas através dos costumes, não escritas, porém, respeitadas sobre todos os aspectos dessa sociedade anônima.
Por volta do ano de 1500, surgiram em suas portas representantes de uma empresa europeia denominada Portugal Ltda, uma empresa pequena constituída por pessoas astutas e dissimuladas que, aproveitando-se da bondade e da pureza dos sócios da Brasil S/A, propuseram uma sociedade que, aparentemente, daria bons resultados para ambas.
Com o passar do tempo, os novos sócios minoritários da Brasil S/A, ao constatarem a grande riqueza dessa monumental empresa, usaram de todos os artifícios escusos e cruéis para se apropriarem da totalidade do patrimônio da sócia majoritária.
Nunca é demais relembrar fatos que deram ensejo a essa tramoia contra o patrimônio brasileiro que, na realidade, começou com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, na histórica e covarde fuga dos dirigentes da Portugal Ltda, motivada pelo todo poderoso dono da empresa França Incorporação S.A, Napoleão Bonaparte, que acabara de usurpar os direitos dos donos da Portugal Ltda.
Em uma estratégia pensada e planejada para evitar que a família real fosse aprisionada e obrigada a abdicar, o arrogante e covarde D. João VI fugiu para o Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro em 1808, com cerca de 15 mil sócios portugueses.
Só após a derrota de Napoleão, na Revolução Liberal do Porto, em 1820, D. João VI, e os seus sócios, retornam ao comando da Portugal Ltda, em 1822.
Como era preciso se garantir na presidência da Brasil S/A, os sócios portugueses, ao chegarem, uniram-se a alguns associados brasileiros corruptos de tal forma que estes lhes oferecessem blindagem para continuar pilhando tudo quanto fosse possível, visando satisfazer aos seus propósitos. Conseguiram a adesão de vários brasileiros para perpetuação da mais estrondosa espoliação que uma empresa já teve que enfrentar.
A farsa da desincorporação da Brasil S.A também foi articulada pelo sócio-mor D. João VI. Em uma manobra política dissimulada, ele assumiu o controle da Portugal Ltda e por ter de voltar aos seus pagos deixou no controle da Brasil S/A o filho D. Pedro I. Com o saque de vultosa quantia, e levando consigo todo o ouro do Banco do Brasil, inaugurado por ele mesmo em 12 de outubro de 1808, D. João VI, quando de seu retorno para Portugal, causou a primeira falência bancária deste estabelecimento.
O filho Dom Pedro I presidiu a sucursal da Brasil S/A, de 1822 a 1831, mas tudo continuou nos moldes das explorações anteriores. A falsa independência da Brasil S/A, em 1822, preservou as maracutaias e falcatruas a favor dos diretores da empresa.
Com a morte de D. João VI, em 1826, D. Pedro I é obrigado a tomar o controle da Portugal Ltda. Em 1831 abdica, deixando no domínio dos negócios da Brasil S/A. o seu filho ainda criança, D. Pedro II, que com apenas 5 anos de idade assume o controle da empresa secularmente explorada, apoiado por alguns sócios regentes, devido à sua menoridade.
De colônia a império, e deste à república até hoje o povo brasileiro tem que trabalhar cinco meses ao ano como escravo, pagando pesados impostos para manutenção dos privilégios dos herdeiros dos mesmos 5% de exploradores das riquezas nacionais.
Assim, a empresa denominada “Brasil S/A” naufraga na travessia do oceano da corrupção e da incompetência. E vai deixando um enorme rastro de miséria e descontentamentos, que coloca no ar uma última reflexão:
“De que adianta aos 95% dos sócios excluídos dessa empresa lutar para mantê-la como a sexta maior empresa do mundo, ou tentar melhorá-la ainda mais, se os benefícios dessa evolução não chegarem às suas mesas, às suas escolas, aos hospitais públicos ou ao convívio social?”
Ela viveu por séculos na informalidade, mas comercializava com empresas de outros continentes da terra. Era administrada pelos seus legítimos donos e tinha no capital humano, cerca de 10 milhões de sócios proprietários organizados sob um estatuto consuetudinário, ou seja, sob o mando de leis edificadas através dos costumes, não escritas, porém, respeitadas sobre todos os aspectos dessa sociedade anônima.
Por volta do ano de 1500, surgiram em suas portas representantes de uma empresa europeia denominada Portugal Ltda, uma empresa pequena constituída por pessoas astutas e dissimuladas que, aproveitando-se da bondade e da pureza dos sócios da Brasil S/A, propuseram uma sociedade que, aparentemente, daria bons resultados para ambas.
Com o passar do tempo, os novos sócios minoritários da Brasil S/A, ao constatarem a grande riqueza dessa monumental empresa, usaram de todos os artifícios escusos e cruéis para se apropriarem da totalidade do patrimônio da sócia majoritária.
Nunca é demais relembrar fatos que deram ensejo a essa tramoia contra o patrimônio brasileiro que, na realidade, começou com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, na histórica e covarde fuga dos dirigentes da Portugal Ltda, motivada pelo todo poderoso dono da empresa França Incorporação S.A, Napoleão Bonaparte, que acabara de usurpar os direitos dos donos da Portugal Ltda.
Em uma estratégia pensada e planejada para evitar que a família real fosse aprisionada e obrigada a abdicar, o arrogante e covarde D. João VI fugiu para o Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro em 1808, com cerca de 15 mil sócios portugueses.
Só após a derrota de Napoleão, na Revolução Liberal do Porto, em 1820, D. João VI, e os seus sócios, retornam ao comando da Portugal Ltda, em 1822.
Como era preciso se garantir na presidência da Brasil S/A, os sócios portugueses, ao chegarem, uniram-se a alguns associados brasileiros corruptos de tal forma que estes lhes oferecessem blindagem para continuar pilhando tudo quanto fosse possível, visando satisfazer aos seus propósitos. Conseguiram a adesão de vários brasileiros para perpetuação da mais estrondosa espoliação que uma empresa já teve que enfrentar.
A farsa da desincorporação da Brasil S.A também foi articulada pelo sócio-mor D. João VI. Em uma manobra política dissimulada, ele assumiu o controle da Portugal Ltda e por ter de voltar aos seus pagos deixou no controle da Brasil S/A o filho D. Pedro I. Com o saque de vultosa quantia, e levando consigo todo o ouro do Banco do Brasil, inaugurado por ele mesmo em 12 de outubro de 1808, D. João VI, quando de seu retorno para Portugal, causou a primeira falência bancária deste estabelecimento.
O filho Dom Pedro I presidiu a sucursal da Brasil S/A, de 1822 a 1831, mas tudo continuou nos moldes das explorações anteriores. A falsa independência da Brasil S/A, em 1822, preservou as maracutaias e falcatruas a favor dos diretores da empresa.
Com a morte de D. João VI, em 1826, D. Pedro I é obrigado a tomar o controle da Portugal Ltda. Em 1831 abdica, deixando no domínio dos negócios da Brasil S/A. o seu filho ainda criança, D. Pedro II, que com apenas 5 anos de idade assume o controle da empresa secularmente explorada, apoiado por alguns sócios regentes, devido à sua menoridade.
De colônia a império, e deste à república até hoje o povo brasileiro tem que trabalhar cinco meses ao ano como escravo, pagando pesados impostos para manutenção dos privilégios dos herdeiros dos mesmos 5% de exploradores das riquezas nacionais.
Assim, a empresa denominada “Brasil S/A” naufraga na travessia do oceano da corrupção e da incompetência. E vai deixando um enorme rastro de miséria e descontentamentos, que coloca no ar uma última reflexão:
“De que adianta aos 95% dos sócios excluídos dessa empresa lutar para mantê-la como a sexta maior empresa do mundo, ou tentar melhorá-la ainda mais, se os benefícios dessa evolução não chegarem às suas mesas, às suas escolas, aos hospitais públicos ou ao convívio social?”
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